24 dezembro, 2009

:: carta ao amigo distante


Gabriel,

Você tem tempo que não vejo, tem tempo não almejo - deixei e o tempo prescreveu. Tempo segue nesta ou noutra cidade e o frio da idade substitui o calor e a amizade. Saiba amigo distante, que por mais que caminhemos errantes - nada vai e nada vem sem resquício. Você, meu relicário, época que carrego feito escapulário, à você desculpas à você desejo. Antes não sabia quem era, virava e era quem fossem. Perdi-me dentre identidades. Mas os olhos curiosos, o carinho e a verve vibram nas vísceras da amiga que há tempos não é mais. Sou quem sou e você é quem se tornou. Pena que o tempo anulou toda e qualquer cumplicidade. Pena amigo que nos encontramos em momentos tão díspares. Pena que tudo seguiu seu curso estranho. Sempre fomos estranhos, mas nunca...nunca erramos. Foi. E te amo sempre e para sempre.



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