língua pra fora e o gosto é insosso. e aquele silêncio morto. e tudo dificulta os movimentos e tudo impede e tudo enclausura. vozes abafadas ao longe e ninguém me deixa sair. as paredes
maleáveis aos meus socos desesperados só se
flexibilizam, mas não rompem. despedir dá febre, mas há tempos eu ardo de vontade de sair. e muitos já foram e escuto-os pelas paredes, pelo muro que me mantém aqui. meus cigarros foram proibidos, meu álcool foi cortado. tenho só o silêncio diário de longas horas e longas noites - calado. e como sonho, como sonho com o parto.
2 comentários:
anna, não pára de escrever não. sua escrita é daquelas que alcança o outro lado. o lado láááá de dentro. :)
maravilhoso!
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